segunda-feira, outubro 02, 2006

Fechando Setembro

Setembro foi um mês recheado de acontecimentos: FED manteve inalterada a taxa de juros norte-americana (5,25% ao ano); preocupação com a desaceleração da economia dos EUA; golpe na Tailândia; redução da Selic para 14,25% ao ano; redução na previsão do crescimento do PIB brasileiro, e tumultuado cenário político, recheado de escândalos.
Outro fator preocupante foi a divulgação do ranking de competitividade elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. Em 2005 o Brasil ocupava a 57ª posição, agora, em 2006 o Brasil perdeu 9 posições, passando para a 66ª posição.
O país sul-americano melhor classificado é o Chile que está em 27º lugar.
Fatores como: juros altos, elevados spreeds bancários, gastos públicos crescentes, alto déficit fiscal, carga tributária absurda, má qualidade das instituições públicas e a corrupção, estão destruindo nossa competitividade. Isso é o CUSTO BRASIL.
Esse índice de competitividade é elaborado observando-se nove aspectos:
instituições, infra-estrutura, macroeconomia, saúde e educação primária, educação superior e treinamento, eficiência de mercado, prontidão tecnológica, sofisticação de negócios e inovação.
Expectativas de Mercado
Indicadores 2006 2007
IPCA (%) 2,98 4,30
Câmbio (R$/US$) 2,20 2,30
Selic (%a.a.) 13,50 12,50
PIB (% de crescimento) 3,09 3,50
Fonte: Boletim Focus

Setembro foi um mês volátil para o segmento de renda variável. O Ibovespa variou de um mínimo de 34.127 a um máximo de 37.739, fechando em 36.449 pontos. Terminando com uma valorização de 0,60% (8,94% no ano), contra o CDI de 1,05% (11,54% no ano).
A preocupação com a redução do ritmo de crescimento da economia e a incerteza quanto à política de juros dos EUA conjugado com a turbulência no cenário político brasileiro trouxe grande volatilidade aos mercados de renda variável.
Outubro deve ser fraco e volátil no mercado brasileiro, uma vez que teremos segundo turno para eleição presidencial (Lula – PT versus Alckimin PSDB) e as bolsas americanas estão nas máximas, e como a Bovespa está atrelada ao mercado acionário americano, qualquer queda nos EUA será ampliada no mercado brasileiro.
Caso o mercado internacional perceba que tanto o PT quanto o PSDB têm a mesma política macroeconômica, diferentemente de 2002 quando temia uma vitória da esquerda, o fato segundo turno pode não trazer reflexos para o mercado acionário brasileiro.

Nenhum comentário: