domingo, outubro 29, 2006

O Dilema da Privatização

Em períodos de campanha eleitoral muitas vezes a questão das privatizações são discutidas.

Governantes populistas pregam  que estão vendendo patrimônio do povo, etc e etc.

É notório que o governo não possui recursos suficientes para investir adequadamente no desenvolvimento e na melhoria dos serviços prestados. A empresa estatal interessa ao governante num momento de barganha. Torna-se um cabide de emprego. Via de regra quem dirige não tem a menor vocação ou conhecimento sobre a empresa.

Qual o benefício que a população recebe de uma empresa estatal?

O número de pessoas beneficiadas é muito limitado, em muitos casos limita-se aos próprios funcionários.

Vamos recordar. Quando a telefonia estava a cargo do governo, havia fila para se conseguir um telefone. Celular era praticamente impossível. Hoje qualquer um tem telefone, seja fixo ou móvel.

Outro exemplo que constantemente é alardeado: Vale do Rio Doce, criada em 1942. Muitos gritam aos quatro ventos: VENDEMOS NOSSO SUBSOLO!!!!

Qual a diferença para o cidadão comum?

Hoje a Vale do Rio Doce é uma das maiores mineradoras de ferro do mundo. Na semana passada comprou a canadense INCO.

Na mão do governo a empresa engatinhava, na mão da iniciativa privada, desde 1997, revela-se uma potência mundial. Segunda maior mineradora do planeta.

Vamos comparar: 1997 – Estatal; 2005 – Privada.

 

1 - Vendas de Minério de Ferro em Pelotas

1997: 100 milhões de toneladas

2005: 252,2 milhões de toneladas

2 – Número de Funcionários

1997: 11.000

2005: 39.000

3 – Lucro Líquido

1997: US$ 350 milhões

2005: US$ 4,8 bilhões

4 – Valor de Mercado

1997: US$ 9 bilhões

2005: US$ 77 bilhões

5 – Número de Países em que está Presente

1997: 7 países

2005: 18 países

 

Essa nefasta ingerência política que causa um enorme prejuízo aos cofres públicos. É como colocar um chimpanzé e um elefante para cuidar de uma loja de cristais. Não dá certo!

O dever do Estado é fiscalizar e regulamentar a atividade. Os benefícios são enormes: redução da inflação por diminuição do preço dos produtos, aumento na geração de empregos, aumento das divisas, distribuição de renda, aumento das receitas governamentais via tributos e etc.

 

Os papéis são bem distintos: O Estado cuidando da regulamentação e fiscalização e a Iniciativa Privada cuidando da produção. Todos ganham.

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