O IBGE revisou há pouco, com a introdução da nova série metodológica, o
crescimento do PIB de 2006, de 2,9%, divulgado anteriormente, para 3,7%.
O IBGE divulgou também a revisão dos resultados do PIB relativos a cada
trimestre de 2006.
Os resultados trimestrais na margem foram os seguintes: 4º trimestre/06, de
1,1% para 0,9%;
3º trimestre/06, 0,8% para 2,6%; 2ºtrimestre 0,6% para -0,5%; e 1º
trimestre, 1,2% para 1,6%.
Na comparação com iguais períodos do ano anterior, as mudanças foram:
4º trimestre, 3,8% para 4,8%; 3º trimestre, 3,2% para 4,5%; 2º trimestre,
1,2% para
1,5%; e 1º trimestre, 3,3% para 4,1%.
quarta-feira, março 28, 2007
quinta-feira, março 22, 2007
Brasil 10º Economia
Com as mudanças anunciadas pelo IBGE na metodologia de cálculo do PIB, o
Brasil ganhou uma posição no ranking das maiores economias do mundo em
2005:
1 - EUA
2 - Japão
3 - Alemanha
4 - China
5 - Reino Unido
6 - França
7 - Itália
8 - Canadá
9 - Espanha
10 - Brasil
11 - Coréia do Sul
12 - Índia
13 - México
14 - Rússia
O PIB foi revisado de US$ 796 bilhões para US$ 882,13 bilhões
Brasil ganhou uma posição no ranking das maiores economias do mundo em
2005:
1 - EUA
2 - Japão
3 - Alemanha
4 - China
5 - Reino Unido
6 - França
7 - Itália
8 - Canadá
9 - Espanha
10 - Brasil
11 - Coréia do Sul
12 - Índia
13 - México
14 - Rússia
O PIB foi revisado de US$ 796 bilhões para US$ 882,13 bilhões
quarta-feira, março 14, 2007
Brasil e o Investment Grade
O Brasil está, pela primeira na sua história, num círculo virtuoso para
receber a classificação de risco de grau de investimento, de fato e por
merecimento.
A avaliação foi feita há pouco pela presidente da Standard & Poor's (S&P),
Regina
Nunes, após participar do debate "Conquista do Grau de Investimento para o
Brasil:
desafios e conseqüências", realizado pela Casa Brasil, na Bolsa de Valores
de São
Paulo (Bovespa). "Estruturalmente, o Brasil melhorou e algumas instituições
estão
melhores ou até iguais a países que já receberam a classificação de grau de
investimento. Mais do que reformas profundas, o Brasil precisa resolver
problemas
de eficiência e eficácia, ajustes pontuais, para ter sua avaliação de risco
melhorada", declarou a executiva.
Regina não quis projetar em quanto tempo o País poderá ter a melhora de sua
classificação de risco anunciada pela agência. Preferiu lembrar que a
dívida em
moeda estrangeira recebeu a classificação BB- em setembro de 2004 evoluindo
até
novembro do ano passado, quando passou a ser BB+. Segundo ela, alguns
levantamentos da S&P indicam que alguns países podem chegar a grau de
investimento em prazo de três anos, embora não exista uma regra única para
obter
tal classificação. "Eventos como do México e da África do Sul são poucos
citados. O
México levou sete anos para atingir BBB-, enquanto a África precisou de
seis anos.
Nossos levantamentos mostram que, ao receber classificação BB, 17,3% dos
países chegam a BBB- em três anos, e 22,6%, em cinco anos", citou.
"Portanto, é
maior a probabilidade de diminuir a classificação do que de subir",
acrescentou.
Além das medidas pontuais, caso de diminuição da burocracia, de queda da
quantidade de impostos, mesmo que o volume de alíquota se mantenha, combate
a
informalidade e ajustes nas leis trabalhistas e de meio ambiente, ela
também
identificou outras condicionantes para o Brasil se tornar grau de
investimento. Entre
elas está o enfrentamento do País em relação a problemas econômicos
financeiros
e globais; a capacidade de gerar maior crescimento econômico nos próximos
cinco
anos; e a melhora da estrutura fiscal, ou seja, aperfeiçoamento dos gastos,
sem
comprometer a austeridade da política monetária. "Com um superávit primário
não
tão maior do que o atual, o País chegaria mais rapidamente ao grau de
investimento.
É importante também a estrutura forte de câmbio flutuante, exportações
sólidas e de
política monetária austera", listou.
Mesmo a recente onda de turbulência nos mercados, que deverá, na visão da
S&P,
reduzir a liquidez mundial, não deverá comprometer a condução da política
econômica brasileira. De acordo com Regina, o País está menos vulnerável do
que
no passado não apenas por contar com reservas de US$ 100 bilhões, mas
porque
possui hoje crescente plataforma de exportações, com diversificação de
mercados.
"A melhora da percepção de risco dependerá do comportamento da economia
brasileira diante da turbulência do mercado. Acreditamos que este governo
tem
capacidade para reagir porque seu time econômico é formado por quem sabe e
faz
o que é o certo".
receber a classificação de risco de grau de investimento, de fato e por
merecimento.
A avaliação foi feita há pouco pela presidente da Standard & Poor's (S&P),
Regina
Nunes, após participar do debate "Conquista do Grau de Investimento para o
Brasil:
desafios e conseqüências", realizado pela Casa Brasil, na Bolsa de Valores
de São
Paulo (Bovespa). "Estruturalmente, o Brasil melhorou e algumas instituições
estão
melhores ou até iguais a países que já receberam a classificação de grau de
investimento. Mais do que reformas profundas, o Brasil precisa resolver
problemas
de eficiência e eficácia, ajustes pontuais, para ter sua avaliação de risco
melhorada", declarou a executiva.
Regina não quis projetar em quanto tempo o País poderá ter a melhora de sua
classificação de risco anunciada pela agência. Preferiu lembrar que a
dívida em
moeda estrangeira recebeu a classificação BB- em setembro de 2004 evoluindo
até
novembro do ano passado, quando passou a ser BB+. Segundo ela, alguns
levantamentos da S&P indicam que alguns países podem chegar a grau de
investimento em prazo de três anos, embora não exista uma regra única para
obter
tal classificação. "Eventos como do México e da África do Sul são poucos
citados. O
México levou sete anos para atingir BBB-, enquanto a África precisou de
seis anos.
Nossos levantamentos mostram que, ao receber classificação BB, 17,3% dos
países chegam a BBB- em três anos, e 22,6%, em cinco anos", citou.
"Portanto, é
maior a probabilidade de diminuir a classificação do que de subir",
acrescentou.
Além das medidas pontuais, caso de diminuição da burocracia, de queda da
quantidade de impostos, mesmo que o volume de alíquota se mantenha, combate
a
informalidade e ajustes nas leis trabalhistas e de meio ambiente, ela
também
identificou outras condicionantes para o Brasil se tornar grau de
investimento. Entre
elas está o enfrentamento do País em relação a problemas econômicos
financeiros
e globais; a capacidade de gerar maior crescimento econômico nos próximos
cinco
anos; e a melhora da estrutura fiscal, ou seja, aperfeiçoamento dos gastos,
sem
comprometer a austeridade da política monetária. "Com um superávit primário
não
tão maior do que o atual, o País chegaria mais rapidamente ao grau de
investimento.
É importante também a estrutura forte de câmbio flutuante, exportações
sólidas e de
política monetária austera", listou.
Mesmo a recente onda de turbulência nos mercados, que deverá, na visão da
S&P,
reduzir a liquidez mundial, não deverá comprometer a condução da política
econômica brasileira. De acordo com Regina, o País está menos vulnerável do
que
no passado não apenas por contar com reservas de US$ 100 bilhões, mas
porque
possui hoje crescente plataforma de exportações, com diversificação de
mercados.
"A melhora da percepção de risco dependerá do comportamento da economia
brasileira diante da turbulência do mercado. Acreditamos que este governo
tem
capacidade para reagir porque seu time econômico é formado por quem sabe e
faz
o que é o certo".
terça-feira, março 13, 2007
Mercado Imobiliário Americano
Nova York, 13 - A New Century Financial revelou, hoje, que o staff da
Securities &
Exchange Commission - órgão regulador do mercado financeiro norte-americano
-
está conduzindo uma investigação preliminar na companhia. A empresa
informou
ainda que recebeu uma intimação para comparecer em juízo Ao Escritório da
Procuradoria dos EUA do Distrito Central da Califórnia.
A combalida empresa especializada na concessão de hipotecas a pessoas com
histórico menos estável de crédito comunicou à SEC que recebeu notificações
de
default - não pagamento - do Barclays Bank PLC, Guaranty Bank, Morgan
Stanley,
State Street Global Markets e UBS Real Estate Securities. Além disso, a
Sutton
Funding, uma outra financiadora, divulgou um comunicado propondo transferir
o
direito de uma das unidades da companhia de serviços de empréstimos para
uma
outra parte indicada pela Sutton.
A New Century revelou ainda que o Morgan Stanley informou que, excluindo
uma
quantia limitada de repasses previstos para hoje conforme acordos
previamente
formalizados, a empresa não pretende mais repassar recursos para a New
Century.
Em um outro comunicado à SEC, a New Century divulgou que a estimativa
correta
de suas obrigações para recomprar empréstimos hipotecários financiados por
meio
de um acordo com o Credit Suisse First Boston é de US$ 1,4 bilhão e não de
US$
900 milhões como o revelado anteriormente. A empresa disse que o erro não
foi
intencional.
A New Century informou que recebeu uma intimação relacionada à produção de
determinados documentos relacionados ao inquérito criminal que paira sobre
a
companhia. Anteriormente, a empresa tinha revelado que o Escritório da
Procuradoria estava realizando um inquérito criminal com base na lei
federal de
ativos, em um processo relacionado aos negócios com ativos da empresa,
assim
como a erros contábeis sobre sua permissão para recomprar prejuízos. A New
Century informou que pretende colaborar com as investigações.
As novas revelações ocorrem após a companhia ter informado, ontem, que
todas as
empresas que todos os bancos financiadores das atividades da companhia
estavam
cortando novos financiamentos para a empresa e que não pretendia atender às
demandas de repagamento de seus credores.
Securities &
Exchange Commission - órgão regulador do mercado financeiro norte-americano
-
está conduzindo uma investigação preliminar na companhia. A empresa
informou
ainda que recebeu uma intimação para comparecer em juízo Ao Escritório da
Procuradoria dos EUA do Distrito Central da Califórnia.
A combalida empresa especializada na concessão de hipotecas a pessoas com
histórico menos estável de crédito comunicou à SEC que recebeu notificações
de
default - não pagamento - do Barclays Bank PLC, Guaranty Bank, Morgan
Stanley,
State Street Global Markets e UBS Real Estate Securities. Além disso, a
Sutton
Funding, uma outra financiadora, divulgou um comunicado propondo transferir
o
direito de uma das unidades da companhia de serviços de empréstimos para
uma
outra parte indicada pela Sutton.
A New Century revelou ainda que o Morgan Stanley informou que, excluindo
uma
quantia limitada de repasses previstos para hoje conforme acordos
previamente
formalizados, a empresa não pretende mais repassar recursos para a New
Century.
Em um outro comunicado à SEC, a New Century divulgou que a estimativa
correta
de suas obrigações para recomprar empréstimos hipotecários financiados por
meio
de um acordo com o Credit Suisse First Boston é de US$ 1,4 bilhão e não de
US$
900 milhões como o revelado anteriormente. A empresa disse que o erro não
foi
intencional.
A New Century informou que recebeu uma intimação relacionada à produção de
determinados documentos relacionados ao inquérito criminal que paira sobre
a
companhia. Anteriormente, a empresa tinha revelado que o Escritório da
Procuradoria estava realizando um inquérito criminal com base na lei
federal de
ativos, em um processo relacionado aos negócios com ativos da empresa,
assim
como a erros contábeis sobre sua permissão para recomprar prejuízos. A New
Century informou que pretende colaborar com as investigações.
As novas revelações ocorrem após a companhia ter informado, ontem, que
todas as
empresas que todos os bancos financiadores das atividades da companhia
estavam
cortando novos financiamentos para a empresa e que não pretendia atender às
demandas de repagamento de seus credores.
terça-feira, março 06, 2007
Mercado Externo
· Dois principais eventos provocaram uma correção generalizada nos preços
de ativos na semana passada, com maior intensidade sobre as bolsas de
valores: mercado de crédito imobiliário dos EUA e bolsa da China;
· O mercado de empréstimos imobiliários norte-americano pode continuar a
trazer mais notícias negativas;
· Sinal do governo chinês de medidas administrativas para conter
especulação em bolsa de valores gera movimento temporário de realização
em mercados de renda variável ao redor do mundo;
· Preços no Japão mostram ausência de inflação e reforçam percepção de
juros baixos por um longo período de tempo;
· Na Europa, inflação corrente bem comportada e M1 em expansão mais
contida podem ser primeiras evidências de um cenário mais benigno para
inflação futura. Por outro lado, os dados de atividade econômica
permanecem fortes.
Na última semana, dois principais eventos provocaram uma desvalorização
generalizada dos preços dos ativos ao redor do mundo, atingindo com maior
intensidade as bolsas de valores e gradualmente se espalhando para
spreads de títulos soberanos e corporativos, moedas e preços de
commodities.
As notícias negativas em relação ao mercado de crédito imobiliário dos
EUA para credores de risco mais elevado, o chamado mercado subprime,
ganharam destaque nas últimas duas semanas. Esse mercado representa cerca
de 13% do estoque de crédito imobiliário para as famílias dos EUA (que
gira em torno de US$ 9,5 trilhões). A reação foi desencadeada pelo
aumento da inadimplência nessa modalidade de crédito e diversos problemas
decorrentes que começaram a ter impacto sobre as empresas que atuavam
nesse setor. Tais empresas começaram a anunciar deterioração da qualidade
de crédito de suas carteiras, perdas superiores ao esperado e a aumentar
a provisão para ativos duvidosos. As ações dessas empresas sofreram
fortíssimas perdas. Nos EUA, a maior parte do crédito imobiliário é
originada por certas empresas, securitizada e vendida nos mercados
secundários para investidores.
No caso da preocupação com os efeitos das medidas administrativas do
governo chinês para evitar a formação de uma bolha no mercado de ações
local temos de qualificar alguns pontos:
1 – O mercado de ações local é relativamente pequeno em relação ao PIB
chinês (em torno de 20%, contra mais de 150% nos EUA e mais de 130% no
Japão, por exemplo).
2 – Há grande restrição à operação de estrangeiros com ações do tipo A
(representam 90% do mercado chinês e são denominadas na moeda local) e
todas as licenças a instituições estrangeiras para operarem neste mercado
somadas não chegam a U$ 20 bilhões (contra maket capitalization de mais
de U$ 1 trilhão).
3 – As medidas sinalizadas pelo governo vão no sentido de aumentar a
fiscalização para conter fraudes e controlar excesso de alavancagem de
pessoas físicas neste mercado (já havia operações de financiamento em
cartão de crédito para compra de ações na euforia com a alta nos valores
das ações). Entretanto, medidas mais drásticas de aumento de taxação
sobre lucros neste mercado, que puniriam mais os investidores, foram
descartadas pelo governo.
4 – Índice de P/L1 atual na China (em torno de 33 vezes) não difere muito
do encontrado em 2003 e 2004 nestes mercados (não há sinal ainda de
sobrevalorização dos ativos). Se considerarmos a rápida expansão da
economia chinesa e dos lucros corporativos, por conseguinte, a manutenção
dos preços atuais implica em convergência para padrões de P/L mais
moderados e consistentes com o padrão dos mercados maduros (em torno de
20 vezes).
Apesar das medidas restritivas evidentemente conterem ritmo de ingresso
de novos fluxos para as ações locais, isto deve implicar, no médio prazo,
mais em refreamento de novas altas aceleradas do que em um processo de
queda acentuada das ações chinesas (pois os fundamentos de rentabilidade
elevada devem permanecer).
Mesmo na hipótese mais negativa de queda mais pronunciada das ações, os
efeitos sobre a riqueza dos consumidores seria limitado pelo tamanho
restrito do mercado e os efeitos secundários sobre os mercados
internacionais (com perdas de grandes investidores internacionais e
realocação de portfólio por conta disto) deve ser limitado pela pequena
presença de investidores estrangeiros no mercado acionário chinês.
Desta forma minimizamos a possibilidade de que apenas as medidas de
fiscalização anunciadas até aqui tenham efeitos mais permanentes sobre a
economia real chinesa e sobre os mercados financeiros internacionais
(apesar de reconhecermos que, em conjunto com outras incertezas, este
evento pode ter seus efeitos amplificados por algum período).
de ativos na semana passada, com maior intensidade sobre as bolsas de
valores: mercado de crédito imobiliário dos EUA e bolsa da China;
· O mercado de empréstimos imobiliários norte-americano pode continuar a
trazer mais notícias negativas;
· Sinal do governo chinês de medidas administrativas para conter
especulação em bolsa de valores gera movimento temporário de realização
em mercados de renda variável ao redor do mundo;
· Preços no Japão mostram ausência de inflação e reforçam percepção de
juros baixos por um longo período de tempo;
· Na Europa, inflação corrente bem comportada e M1 em expansão mais
contida podem ser primeiras evidências de um cenário mais benigno para
inflação futura. Por outro lado, os dados de atividade econômica
permanecem fortes.
Na última semana, dois principais eventos provocaram uma desvalorização
generalizada dos preços dos ativos ao redor do mundo, atingindo com maior
intensidade as bolsas de valores e gradualmente se espalhando para
spreads de títulos soberanos e corporativos, moedas e preços de
commodities.
As notícias negativas em relação ao mercado de crédito imobiliário dos
EUA para credores de risco mais elevado, o chamado mercado subprime,
ganharam destaque nas últimas duas semanas. Esse mercado representa cerca
de 13% do estoque de crédito imobiliário para as famílias dos EUA (que
gira em torno de US$ 9,5 trilhões). A reação foi desencadeada pelo
aumento da inadimplência nessa modalidade de crédito e diversos problemas
decorrentes que começaram a ter impacto sobre as empresas que atuavam
nesse setor. Tais empresas começaram a anunciar deterioração da qualidade
de crédito de suas carteiras, perdas superiores ao esperado e a aumentar
a provisão para ativos duvidosos. As ações dessas empresas sofreram
fortíssimas perdas. Nos EUA, a maior parte do crédito imobiliário é
originada por certas empresas, securitizada e vendida nos mercados
secundários para investidores.
No caso da preocupação com os efeitos das medidas administrativas do
governo chinês para evitar a formação de uma bolha no mercado de ações
local temos de qualificar alguns pontos:
1 – O mercado de ações local é relativamente pequeno em relação ao PIB
chinês (em torno de 20%, contra mais de 150% nos EUA e mais de 130% no
Japão, por exemplo).
2 – Há grande restrição à operação de estrangeiros com ações do tipo A
(representam 90% do mercado chinês e são denominadas na moeda local) e
todas as licenças a instituições estrangeiras para operarem neste mercado
somadas não chegam a U$ 20 bilhões (contra maket capitalization de mais
de U$ 1 trilhão).
3 – As medidas sinalizadas pelo governo vão no sentido de aumentar a
fiscalização para conter fraudes e controlar excesso de alavancagem de
pessoas físicas neste mercado (já havia operações de financiamento em
cartão de crédito para compra de ações na euforia com a alta nos valores
das ações). Entretanto, medidas mais drásticas de aumento de taxação
sobre lucros neste mercado, que puniriam mais os investidores, foram
descartadas pelo governo.
4 – Índice de P/L1 atual na China (em torno de 33 vezes) não difere muito
do encontrado em 2003 e 2004 nestes mercados (não há sinal ainda de
sobrevalorização dos ativos). Se considerarmos a rápida expansão da
economia chinesa e dos lucros corporativos, por conseguinte, a manutenção
dos preços atuais implica em convergência para padrões de P/L mais
moderados e consistentes com o padrão dos mercados maduros (em torno de
20 vezes).
Apesar das medidas restritivas evidentemente conterem ritmo de ingresso
de novos fluxos para as ações locais, isto deve implicar, no médio prazo,
mais em refreamento de novas altas aceleradas do que em um processo de
queda acentuada das ações chinesas (pois os fundamentos de rentabilidade
elevada devem permanecer).
Mesmo na hipótese mais negativa de queda mais pronunciada das ações, os
efeitos sobre a riqueza dos consumidores seria limitado pelo tamanho
restrito do mercado e os efeitos secundários sobre os mercados
internacionais (com perdas de grandes investidores internacionais e
realocação de portfólio por conta disto) deve ser limitado pela pequena
presença de investidores estrangeiros no mercado acionário chinês.
Desta forma minimizamos a possibilidade de que apenas as medidas de
fiscalização anunciadas até aqui tenham efeitos mais permanentes sobre a
economia real chinesa e sobre os mercados financeiros internacionais
(apesar de reconhecermos que, em conjunto com outras incertezas, este
evento pode ter seus efeitos amplificados por algum período).
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