sexta-feira, novembro 10, 2006

Curiosidades da idade média


INTERESSANTE...

Ao se visitar o Palácio de Versailles, na França, observa-se que o
suntuoso palácio não tem banheiros. Na Idade Média, não existiam escovas
de dente, perfumes, desodorantes, muito menos papel higiênico. As
excrescências humanas eram despejadas pelas janelas do palácio. Em dia de
festa, a cozinha do palácio conseguia preparar banquete para 1.500
pessoas, sem a mínima higiene. Vemos nos filmes de hoje as pessoas sendo
abanadas. A explicação não está no calor, mas no mau cheiro que exalavam
por debaixo das saias (que eram propositalmente feitas para conter o odor
das partes íntimas, já que não havia higiene) . Também não havia o costume
de se tomar banho devido ao frio e à quase inexistência de água encanada.
O mau cheiro era dissipado pelo abanador. Só os nobres tinham lacaios para
abaná-los, para dissipar o mau cheiro que o corpo e boca exalavam, além de
também espantar os insetos.
Quem já esteve em Versalies admirou muito os jardins enormes e belos que,
na época, não eram só contemplados, mas "usados" como vaso sanitário nas
famosas baladas promovidas pela monarquia, porque não existia banheiro.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria no mês de junho (para
eles, o início do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano era
tomado em maio; assim,em junho, o cheiro das pessoas ainda era tolerável.
Entretanto, como alguns odores já começavam a incomodar, as noivas
carregavam buquês de flores, junto ao corpo, para disfarçar o mau cheiro.
Daí termos "maio" como o "mês das noivas" e a explicação da origem do
buquê de noiva.
Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O
chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa.
Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de
idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebês
eram os últimos a tomar banho.
Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era
possível "perder" um bebê lá dentro. É por isso que existe a expressão em
inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja,
literalmente "não jogue o bebê fora junto com a "água do banho", que hoje
usamos para os mais apressadinhos.
Os telhados das casas não tinham forro e as vigas de madeira que os
sustentavam era o melhor lugar para os animais - cães, gatos, ratos e
besouros se aquecerem. Quando chovia, as goteiras forçavam os animais a
pularem para o chão. Assim, a nossa expressão "está chovendo canivete" que
tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs"... (está
chovendo gatos e cachorros).
Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de
alimento oxidavam o material, fazendo com que muita gente morresse
envenenada.
Lembremo-nos de que os hábitos higiênicos, da época, eram péssimos. Os
tomates, sendo ácidos, foram considerados, durante muito tempo, venenosos.
Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa
combinação, às vezes, deixava o indivíduo "no chão" (numa espécie de
narcolepsia induzida pela mistura da bebida alcoólica com óxido de
estanho). Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estivesse
morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era então
colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em
volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto
acordava ou não. Daí surgiu o velório, que é a vigília junto ao caixão.
Existiam poucos lugares para enterrarem todos os mortos. Então os caixões
eram abertos, os ossos retirados, postos em ossários, e o túmulo utilizado
para outro cadáver. As vezes, ao abrirem os caixões, percebia-se que havia
arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto,
na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a idéia de, ao se
fechar o caixão, amarrar uma tira no pulso do defunto, passá-la por um
buraco feito no caixão e amarrá-la a um sino.
Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo, durante uns
dias.
Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria o sino tocar.
E ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", expressão usada
por nós até os dias de hoje.
VIVENDO E APRENDENDO...

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