A guda correção que está atingindo os mercados financeiros mundiais hoje,
marcada por um salto na aversão ao risco e pressão sobre os ativos de
mercados emergentes, pode continuar por mais alguns dias. No entanto, pelo
menos por enquanto, apostam que se trata de um movimento temporário, um
ajuste considerado inevitável após a valorização dos emergentes ter
alcançado patamares considerados excessivos.
O epicentro da forte volatilidade que atinge os mercados está localizado na
China, onde a bolsa de valores de Shangai despencou quase 9%, assolada por
rumores de que as autoridades chinesas planejam coibir investimentos ou
adotar outras medidas de aperto monetário. Mas a onda de nervosismo não é
alimentada apenas pelo gigante asiático. Recentes indicadores nos Estados
Unidos que enfraquecem a tese do pouso suave na economia também estão
pesando no sentimento dos investidores.
Embora as atenções estejam concentradas na China, o principal canal de
transmissão da correção de hoje está ancorado no iene, que se fortaleceu
desde a noite de ontem. A moeda japonesa é o principal financiadora das
operações dos carry trades, ou operação de carregamentos, nas quais os
investidores utilizam recursos financeiros de um país com juros baixos para
investi-los em mercados com retornos mais elevados. Por isso, moedas e
ações de países como Hungria, Brasil e Turquia, entre outros emergentes,
estão sob pressão. O que está acontecendo de fato é um forte movimento no
movimento cambial global, principalmente com a desmontagem de posições
financiadas pelo iene.
Trata-se de um movimento de redução ao risco.
Essa correção deverá continuar por mais algum tempo porém não é
sustentável.
Não parece o fim do mundo, mas sim um mal-estar passageiro. Os mercados, a
partir de agora, estão fadados a sofrer maior volatilidade.
terça-feira, fevereiro 27, 2007
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