quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Terça-Feira do Terror para os Mercados Financeiros

A preocupação com recessão nos EUA (redução de 7,8% nas encomendas de bens
duráveis americanos em janeiro), o discurso do ex-presidente do FED, Alan
Greenspan, e as medidas que o governo chinês deve tomar para conter a
alavancagem no mercado de ações e aumento no depósito compulsório.
No Brasil com as seguidas atuações do Banco Central para conter a queda
do dólar as reserva alcançaram o recorde de US$ 100 bilhões.
As tensões vindas da China (Xangai -9,2%) foram o gatilho para um
violento movimento de aversão a risco, que tomou proporções elevadas,
maior queda desde 11 de setembro de 2001. Para se ter uma idéia da
dimensão o índice Dow Jones chegou a cair (27/02) 4%, o Ibovespa
desvalorizou 6,63%. A queda foi geral: EUA (Dow) -3,29%; México -5,80%;
Chile -4,97%; Argentina -7,49%; Ibovespa -6,63%; Espanha -3,01%;
Inglaterra -2,31%; Alemanha -2,96%; Turquia -4,29%; Índia -1,25%; Rússia
-3,28%; Hong Kong -1,76% Japão -0,52%. Vale lembrar que a bolsa chinesa
havia subido 160% em 2006.
Quando um PIB mundial de aproximadamente US$ 50 trilhões tem que
rentabilizar um volume financeiro de US$ 400 trilhões, qualquer
turbulência no mercado causa enormes conseqüências, uma vez que a porta
de saída não é suficientemente larga para todos saírem ao mesmo tempo. Ao
primeiro sinal de problemas, o investidor não pensa duas vezes em vender
suas ações, colocar os lucros no bolso e esperar o cenário desanuviar.

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