terça-feira, agosto 22, 2006

Introdução ao Mercado de Capitais

1 - Introdução ao Mercado de Capitais
Os investimentos podem ser divididos em dois seguimentos:
· Renda Fixa
· Renda Variável
Renda Fixa abrange aplicações em ativos diversos, negociados no mercado financeiro (de crédito), que apresentam características básicas. O investidor conhece previamente a forma do rendimento que será conferida ao título e seu prazo de resgate. Nesse caso, o rendimento pode ser pós ou prefixado, como ocorre, por exemplo, com o certificado de depósito bancário.
Renda Variável, como o próprio nome já diz, o investidor só conhecerá o rendimento no final da operação, definida de acordo com os resultados obtidos pela empresa ou instituição emissora do respectivo título.
O mercado de capitais está em constante transformação desde os primórdios de sua formação, quando em 23 de agosto de 1890 foi fundada a BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo.
Todo investidor busca a otimização de três aspectos básicos em um investimento:
· Retorno;
· Prazo, e
· Proteção.
Porém na avaliação de qualquer investimento devemos levar em conta:
· Rentabilidade;
· Liquidez, e
· Grau de risco.
A rentabilidade é sempre diretamente relacionada ao risco, ou seja investimentos com alta rentabilidade, normalmente, tem um risco elevado. Ao investidor cabe definir o nível de risco que está disposto a correr, em função de obter uma maior ou menor lucratividade.
Liquidez está ligada diretamente a rapidez com que o investidor pode sair de um determinado investimento, seja pelo recebimento em dinheiro, seja na migração para outro investimento.
Risco é um dos pontos que se deve ter maior atenção. O objetivo de todo investidor é maximizar seu retorno e minimizar o risco.
Porém é preciso observar que todo investimento está sujeito a riscos, em maior ou menor grau, por mais que pareça seguro sempre há risco. Tem-se risco de não obter o rendimento esperado, risco de perder o capital investido, total ou parcialmente.
Normalmente quanto maior o retorno maior o risco e vice-versa. Então é necessário observar: até que ponto o investidor está disposto a correr o(s) risco(s) envolvido(s)?
O investidor costuma correr três tipos de riscos:
· Risco do Negócio: refere-se a probabilidade de não ocorrência dos lucros esperados. Normalmente a análise da rentabilidade de uma empresa mostra um comportamento irregular. Ao analisar uma medida de tendência central da rentabilidade e achou-a boa, porém com grande dispersão. Em algum momento essa rentabilidade será abaixo da média o que refletirá diretamente na sua taxa de retorno do investimento. Espera-se que a maioria das rentabilidades sejam acima da média, porém pode acontecer de grande parte ficar abaixo da média, refletindo o risco do negócio.
· Risco Financeiro: refere-se a probabilidade de ocorrência de dificuldades financeiras, insolvência ou até mesmo falência da empresa na qual comprou-se algum título. Para evitar ou minimizar este risco, deve-se conhecer os aspectos financeiros da empresa, sua estrutura de endividamento, mercado em que atua, composição societária, bem como procurar análises existentes, sejam análises contábeis, financeiras ou classificação de rating que a empresa possua. Apesar do investimento nessa empresa em questão possa parecer rentável, se seu comprometimento financeiro é elevado e seu fluxo de caixa apresentar descasamento entre direitos e obrigações, provavelmente não conseguirá honrar os dividendos esperados ou no caso de outro tipo de título saldar o principal mais juros.
· Risco de Mercado: refere-se a probabilidade de variações não esperadas no mercado. Seja por mudanças na taxa de juros, seja por alguma mudança através de alguma Lei. Por exemplo: o mercado da construção civil está aquecido, você decide comprar ações de empresas ligadas diretamente ao setor. Em seguida é divulgada alguma medida governamental restringindo financiamento de imóveis, consequentemente, apesar de toda a economia estar bem, muito provavelmente as ações que você comprou poderão cair. Outro exemplo: Compra-se um CDB (Certificado de Depósito Bancário) que é uma operação de renda fixa, a uma taxa pré-fixada de 18% ao ano, por um ano; decorrido algum prazo, podem ocorrer oscilações na curva de juros (para cima ou para baixo). Caso a taxa de juros suba, digamos para 20% ao ano, estaria deixando de ganhar dois pontos percentuais ao ano. Caso fosse uma operação pós fixada, no caso de elevação dos juros não haveria perda, porém caso os juros caíssem haveria perda por sua aplicação estar atrelada a um referencial que é variável.
Como se vê, riscos existem e o investidor está correndo desde o momento da concepção. Porém isso não é motivo para pânico, e sim para estar mais atendo, procurando avaliar devidamente risco versus retorno. É um processo natural de acumulação de riqueza correr riscos, o grau é o investidor quem deve definir racionalmente.
Uma forma eficaz de reduzir o grau de risco é diversificar a carteira de investimentos. Como diz o dito popular “nunca coloque todos os ovos numa mesma cesta”.

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